O novo cargo representa, para o governador, o principal desafio das gestões públicas do País pela dificuldade de se criar um projeto de enfrentamento ao tráfico de entorpecentes e a recuperação dos dependentes químicos. Ao lado de Socorro França, pelo menos quatro outras secretarias trabalharão no projeto: Educação, Segurança, Justiça e Saúde.
Na visão de Cid, o trabalho deverá se desenhar sobre duas forças-tarefas: a primeira será para combater o tráfico, por meio das pastas de Segurança e Justiça, no ato de prisão dos traficantes. “Esse primeiro passo precisa ser feito pela Polícia, tirando os malfeitores das ruas”.
A segunda missão de Socorro França, diz o governador, será dar ao dependente químico assistência, tratamento e opções de reinserção na sociedade. “Eu enxergo o viciado como vítima, como um sofredor. No momento da crise, precisa de leito, sem que seja um favor”, pontua Cid.
De acordo com a ex-procuradora geral, que tocará o projeto, ainda não há nada esmiuçado sobre o que será o programa de combate às drogas, mas há a certeza de que o Estado precisará contar com o apoio da iniciativa privada e da igreja.
“O que já sabemos é que o drogado não pode ser tratado como bandido. O drogado é um doente que quer sair e não pode. Ao longo da minha carreira, aprendi no Ministério Público a tratar as pessoas. Para mim, isso será uma continuidade”, disse ela.
Fonte: O Povo online