Um dos principais insumos do transporte de cargas, o combustível, não deixa de subir. Infelizmente, não é só ele: o pneu, o caminhão, os implementos rodoviários e a manutenção da frota tiveram aumento de 20% ou mais nos últimos 12 meses. O Índice Nacional de Custo de Transporte (INCT), calculado pela Associação Nacional de Transporte e Logística (NTC&Logística), mostrou que em cargas de lotação as despesas se aproximam dos 30% e dos 20% nas fracionadas.
É uma realidade dura, mas que precisa ser enfrentada pelos transportadores. Não só rodoviários, mas de todos os modais, afinal, o aumento foi geral.
Não sabemos ainda se será de uma vez ou de forma parcelada, mas o valor cobrado aos clientes terá que refletir esses aumentos, pois, não há como o transportador arcar com esse nível de reajuste. A margem do setor não chega nem perto desses valores, quando muito em um mercado aquecido (que, por sinal, não é o caso). Em uma empresa bem administrada, o lucro não chega nem a dois dígitos. Como ele lidará com os 20 ou 30% de crescimento?
Só em novembro, o aumento de 13,7% do diesel impacta o frete rodoviário em torno de 5%. Nesse patamar até quem sabe pouco sobre o assunto reconhece que não tem como o frete não aumentar.
Participação do combustível no TRC: 35%
Aumento médio de outros insumos nos últimos 12 meses:
Veículos + 31,48%
Implementos + 17,80%
Mão de Obra + 8,0%
Rodagem + 21,60%
Índices de inflação do TRC, para distância média:
INCTL 28,15% (referente a outubro/21)
INCTF 19,83% (referente a outubro/21)
São Paulo, 02 de dezembro de 2021
Departamento de Custos Operacionais (DECOPE) da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística)