O preço do diesel, sobre o qual incide o reajuste anunciado pela Petrobras, não inclui os tributos federais Cide e PIS/Cofins e o tributo estadual ICMS. Em nota, a companhia informou que aumento foi definido “levando em consideração a política de preços, que busca alinhar o preço dos derivados aos valores praticados no mercado internacional em uma perspectiva de médio e longo prazo”.
A notícia do reajuste foi vista com surpresa pelo mercado. “Não esperávamos por isso agora”, resumiu, ontem, o presidente do Sindicato das Distribuidoras de Combustíveis (Sindicom), Alísio Vaz.
Percentual indefinido
De acordo com o presidente do Sindicato dos Postos de Combustível do Ceará (Sindipostos), Vilanildo Fernandes, o reajuste ainda não deverá ser sentido hoje nos postos. Isso só deve ocorrer, destacou, quando houver a renovação do estoque de diesel nos postos, o que deve acontecer “em dois a três dias”.
Ainda segundo Fernandes, ainda não está definido se reajuste de 5% será repassado inteiramente ao consumidor da Capital. O percentual de aumento do preço do combustível nos postos, frisa, ainda será definido nos próximos dias.
Para o consultor Adriano Pires, do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), o reajuste “é uma boa notícia”, mas não zera a defasagem, que ele calcula em 19% em relação aos preços internacionais do combustível. Ele estranhou apenas a decisão num momento em que a inflação está em alta, mas disse ter tido conhecimento de que o governo estuda zerar o PIS/Cofins cobrado no produto, o que compensaria o reajuste.
“É uma notícia muito importante que vai reforçar muito o caixa da Petrobras”, diz, lembrando que a importação de diesel no ano passado correspondeu a 19% do consumo.
Neste ano, de acordo com o consultor, este porcentual deve subir para 24%, por causa do aumento da safra agrícola. Para ele, o prejuízo com a compra externa de diesel seria maior do que o da gasolina em 2013.
Fonte: Diário do Nordeste