No ano passado, o número de multas de janeiro a setembro chegou a 81.860, neste ano foram 48.545
Para combater essa e outras irregularidades, a PRF vem intensificando, desde o ano passado, o processo de fiscalização também nos trechos urbanos da Capital e Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). Em todo o ano de 2015, foram realizadas 493 fiscalizações com o registro de 127.489 imagens. Em 2016, apesar de terem sido realizadas 537 ações de coibição, número 8,9% maior que o ano anterior, foram captadas apenas 109.361, acumulado 14,2% a menos que em 2015. Para o órgão, este é o indicativo de que os condutores estão respeitando mais os limites de velocidade nas rodovias.
“O que a gente percebe é que a cada ano os números têm caído. Significa que as pessoas estão começando a andar dentro da velocidade permitida pela via. O primeiro aspecto positivo disso é a redução do número de acidentes graves nos trechos urbanos das BRs 116 e 222. Já faz um bom tempo que não temos mortes nesses trechos. O segundo aspecto é a redução do número de engarrafamentos, já que sem acidentes eles não ocorrem”, esclarece o superintendente da PRF/CE, inspetor Stênio Pires.
O superintendente destaca a Operação Sonic, que vai até o fim do ano, como sendo a atual e principal estratégia de fiscalização em prol da redução de infrações e, por consequência, acidentes com mortes. “Todo dia temos equipamentos sendo utilizados nos trechos urbanos das duas rodovias no Ceará”, diz. A operação trabalha ações de educação e intensifica a fiscalização com radares móveis em horários e pontos com maior registro de acidentes graves.
Mortes
Apesar da redução das ocorrências, o número de óbitos tem aumentado. De janeiro a setembro deste ano, a Polícia Rodoviária Federal registrou 168 mortes nas estradas federais, contra 146 ocorridas no mesmo período de 2015, um acréscimo de 15,1%. De acordo com Stênio Pires, o principal fator determinante para essa equação é o elevado número de acidentes envolvendo motocicletas, considerada, hoje, a maior preocupação do órgão.
“A motocicleta preocupa sob cinco aspectos: a falta de habilitação do condutor, o não uso do equipamento de segurança, o excesso de passageiros, o excesso de velocidade e a alcoolemia. A gravidade desses aspectos na condução de uma motocicleta tem contribuído consideravelmente para o aumento do número de mortes, e também nas sequelas das vítimas, como por exemplo pessoas que ficam com membros amputados ou lesões permanentes”, acrescenta Stênio Pires