Fonte: Portal NTC&Logística
Falar sobre o roubo de cargas no Brasil e de todas as dificuldades que o setor de transporte rodoviário de cargas enfrenta diante deste cenário não é novidade para ninguém. Mas o estado de beligerância existente em alguns centros econômicos, como o enfrentado recentemente no Espírito Santo, e agora na cidade do Rio de Janeiro faz com que o transportador brasileiro olhe para sua atividade com muito mais rigidez.
Segundo a BBC Brasil, esta é a pior crise de segurança pública no Rio de Janeiro em mais de uma década. Cada empresa de carga fracionada sofre até 10 tentativas de roubo por dia sendo que 30 ou até 40% destas têm êxito. A Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) indica, em levantamento realizado, que a cada uma hora e dez minutos um roubo de cargas é registrado no estado.
E por incrível que pareça essa esfera pode piorar ainda mais para o transportador visto que várias seguradoras não aceitam mais o seguro para alguns produtos que seguem em destino à cidade, e as demais cobram franquias que chegam até 50%.
Diante desta calamitosa situação, na qual toda a sociedade é vítima, o transportador de carga não pode arcar com a conta sozinho (a defasagem do frete da carga fracionada está em 11,77% segundo a última pesquisa da NTC&Logística). Assim sendo, o SETCESP vê na cobrança da Taxa EMEX – Taxa de Emergência Excepcional, uma forma de amenizar o forte impacto que esta situação de beligerância tem sobre os custos.
Esta generalidade, criada no último CONET&Intersindical pelos próprios transportadores, é válida atualmente para todas as cargas que saem ou chegam de toda região metropolitana do Rio de Janeiro, sejam elas CIF ou FOB. O valor que deve ser cobrado é de R$ 10,00 por fração de 100 kg mais um percentual do valor da carga que varia de 0,3% a 1%.
A sua cobrança se justifica pelo alto custo suportado pelas empresas transportadoras para manter suas operações nestas condições de alto risco, porém será possível extingui-la assim que a ordem e a segurança forem reestabelecidas na região. E o SETCESP espera, pelo bem de toda a sociedade, que isso aconteça o mais rápido possível.