Com receio de provocar um aquecimento ainda maior no mercado, os reajustes promovidos pela Petrobras de 6% no preço da gasolina e 4% no valor do diesel nas refinarias deverão ser absorvidos pelas empresas de Transporte de Cargas e Logísticas no Estado do Ceará(Setcarce), Espedito Róseo Júnior.
“As Empresas todas estão renegociando os valores dos contratos para diminuir o valor do frete das transportadoras. Esse aumento de custo tenderá a ser absorvido”,defende.
Essa não é a primeira vez neste ano é a primeira vez neste ano que as empresas do segmento seguram repasses aos que contratam seus serviços com receio de diminuição na demanda. Segundo Róseo, há uma defasagem nos preços finais de fretes de 10,14%, acumulada nos últimos meses.
Ele também afirma que atualmente há transportadoras no Ceará que estão com até 75% de sua frota paralisada por conta da baixa demanda. ” O setor ele reflete e economia. Se a industria não fabrica, não entrega, então o transporte para a mesma velocidade”,defende.
Apesar das dificuldades, são esperadas melhoras no setor com aproximação do encerramento de 2015. “Todo fim de ano há certa melhora. ( Esse Período) Comparando com o ano passado deve haver queda, mas comparando com o cenário atual deve ter crescimento”, prevê.
Impacto de 1,27%
O Departamento de Custos Operacionais, Estudos Técnicos e Econômicos (Decope) da NTC & Logística – entidade que representa os empresários do transporte de cargas nacionalmente – divulgou ontem, um estudo sobre o aumento do diesel no custo do frete. Os 4% anunciados pela Petrobras podem ter um impacto de até 1,27% no valor do custo final do transporte rodoviário de carga, apesar da tendência de que isso não seja repassado aos contratantes do serviço. O cálculo da NTC & Logística considerou apenas o custo operacional do caminhão, não despesas administrativas. Ou seja foi levado em conta o custo da transferência da carga lotação (completa) em um caminhão trator 4×2, tracionando semirreboque furgão de três eixos. Esse modelo de veículo mais comum em fretes de longas distâncias.
Fonte: Diário do Nordeste