A construção da rodovia Arco Metropolitano, que tem objetivo de retirar o fluxo de acesso ao Complexo Industrial e Portuário do Pecém da Região Metropolitana de Fortaleza, deve ter investimentos de R$ 1,26 bilhão. O projeto de concessão foi apresentado na terça-feira do dia (7/11) pela Secretaria da Infraestrutura do Governo do Ceará.
O presidente do SETCARCE e diretor institucional da FETRANSLOG-NE, Marcelo Maranhão, participou da reunião onde foi falado sobre a previsão das obras que apresentam uma expectativa de dois anos para que o projeto seja inaugurado em 2026, segundo Liana Fujita, secretária-executiva de Obras da pasta. A demanda prevista é de 40 mil veículos por dia, com aumento do fluxo para 85 mil veículos diariamente até 2045. A rodovia tem extensão total de 108,85 km. Veja os trechos:
- BR-222 – Porto do Pecém: extensão de 20,15 km (trecho rodoviário em duplicação)
- BR-116 – BR-222: extensão de 88,7 km (novo segmento rodoviário)
Um dos últimos trajetos do Arco Rodoviário Metropolitano apresentados pela Seinfra ainda em 2022. Foto: Divulgação
Liana Fujita afirmou que a pasta está fazendo o levantamento final de dados secundários do projeto, como o padrão de deslocamento e os tipos de veículos, para apresentar à concessão. “Estamos procurando dar mais consistência a essa demanda”, ressaltou.
Após os estudos de demanda, a modelagem financeira deve ser atualizada e o projeto será enviado para exame do grupo técnico da Secretaria do Planejamento e Gestão (Seplag). Os trâmites antes do lançamento da licitação incluem ainda aprovação do comitê gestor e consulta pública.
A previsão da pasta é investimento inicial de R$ 429 milhões, além de R$ 125,9 milhões para operação. Outros R$ 663 milhões serão necessários para a manutenção programada da rodovia. Já para as desapropriações, o capital necessário é de R$ 34 milhões.
Cyro Regis ressaltou que o projeto é autossustentável. “A taxa de atratividade do empreendimento supera o custo médio ponderado do capital, ou seja, projeto plenamente – e economicamente – viável”, aponta. O engenheiro declarou que o projeto deve ser discutido com TLSA, responsável pela construção da ferrovia Transnordestina.
Detalhes do projeto
A Seinfra destaca que, além de alternativa para o acesso ao Porto do Pecém, o Arco conectará as principais rodovias que convergem para a Capital, interligando a BR-116 a partir da região de Chorozinho (CE) e Pacajus (CE).
O tráfego de veículos pesados dentro da zona urbana da Capital deve ser reduzido, com redução de acidentes e dos custos logísticos para veículos de passeio e deslocamento entre municípios da Região Metropolitana. O empreendimento terá oito interseções rodoviárias, seis pontos para a transposição de cursos e três viadutos para transposição de ferrovias.
A rodovia deve começar com pista simples, com duas faixas de 3,60m e acostamentos de 3m. Posteriormente, as vias serão duplicadas e cada pista será composta por duas faixas com 3,6m, acostamento de 3m e faixa de segurança de 0,8m.
Dinalvo Diniz, presidente da Sinconpe-CE (Sindicato da Indústria da Construção Pesada do Ceará), ressaltou que as regras de reequilíbrio financeiro devem ser bem definidas, considerando que haverá uma segunda etapa de obras para a duplicação.
O projeto do Arco Metropolitano inclui ainda dois postos de pesagem, duas bases de serviços operacionais, um posto da Polícia Rodoviária e uma sede da empresa concessionária. São previstas ainda três praças de pedágio. Confira os trechos:
- Praça de Pedágio 1 – no Arco Metropolitano, no trecho entre a CE-060 e a CE-253
- Praça de Pedágio 2 – no Arco Metropolitano, entre a CE-455 e a BR-020
- Praça de Pedágio 3 – na CE-155, entre a BR-222 e o Porto do Pecém
Fonte: Diário do Nordeste