METODOLOGIA
No entanto, ela negou que a empresa tenha desistido de implantar uma nova metodologia para os reajustes, conforme anunciara ao mercado em outubro. Apesar de a inflação ter se tornado tema central no debate eleitoral, avisou que os preços podem voltar a subir em 2014 com a aplicação da fórmula.
A nova metodologia é mantida em sigilo por decisão da companhia. O argumento, segundo Graça, é de que as empresas do setor não costumam divulgar suas fórmulas de precificação. Já o mercado entendeu a mensagem como falta de transparência. “Não havia de fato a previsão de levar detalhes da metodologia, nem na sua versão inicial”, asseverou Foster.
Contrariando declarações feitas, em outubro, pelo diretor financeiro da estatal, Almir Barbassa, a presidente disse que nunca houve planos para reajustes automáticos nos preços dos combustíveis, acrescentando que a decisão “passa pelo poder discricionário da diretoria da Petrobras”. A executiva revelou também que esperava uma maior compreensão do mercado para o reajuste de preços anunciado. “É a compreensão do que estava escrito nos fatos relevantes. Mas também é preciso tempo para explicar e quantificar os efeitos da metodologia”, acrescentou.
SEM CONFRONTOS
Graça Foster disse que houve “intensa discussão” para a definição do reajuste, e negou notícias sobre brigas ou embates entre ela e o ministro da Fazenda e presidente do Conselho da estatal, Guido Mantega, sobre a questão. “Briga, embate, eu não confirmo de forma alguma”, disse. “Não é uma discussão trivial. Mas queda de braço não houve”, garantiu. A presidente também negou sua possível saída da empresa. “Definitivamente, não. Os dias aqui são extremamente longos. Você tem problemas de toda sorte e notícias boas de toda sorte”, afirmou.
Fonte: O Estado do Ceará