Segundo a Caixa, esse benefício será dado a todos os trabalhadores com contas inativas que usaram no passado parte do fundo para investir nas ações das duas companhias através dos Fundos Mútuos de Privatização. O que determinará o direito de saque é se a conta de origem desses recursos está ou não inativa, explica o banco. Se não houver movimentação de depósito do empregador, o saque será liberado junto com os demais recursos da conta de origem.
A Caixa ainda não tem o dado consolidado sobre o montante das contas inativas aplicado em ações da Vale e Petrobras. Os dados da indústria de fundos mostram que, atualmente, há 74 carteiras que administram recursos do FGTS em ações da Vale e Petrobras. Juntos, esses fundos têm R$ 3,93 bilhões.
Patrimônio total
Vale lembrar, no entanto, que esse é o patrimônio total das carteiras e não é possível distinguir quais cotas têm origem em contas ativas ou inativas. Portanto, o valor não se refere à posição potencial que poderia ser desmontada caso os cotistas decidam pelo saque. Quando o saque for liberado, o cotista deverá procurar a instituição financeira responsável pela gestão da carteira e não necessariamente a Caixa para pedir os recursos. Os fundos de privatização foram abertos por diversas instituições financeiras públicas e privadas. Segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), há mais de 20 instituições financeiras que administram fundos com recursos do FGTS.