TRÂNSITO CAÓTICO

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Orientação

De acordo com a Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e de Cidadania (AMC), em horários de pico, circulam, diariamente, em torno de 800 veículos pela Rua Barão do Rio Branco. Para prestar orientações à população sobre as opções de desvio, seis agentes da Autarquia serão deslocados, por turno, ao local, divididos em pontos estratégicos.

Quem vem no sentido sertão/praia deverá dobrar à esquerda na Avenida Domingos Olímpio ou na Rua Antônio Pompeu, depois à direita na Rua General Sampaio e, em seguida, à esquerda para pegar a Avenida Duque de Caxias.

Para diminuir os impactos no tráfego da região, que já é bastante intenso, o Transfor informa que as obras serão realizadas por etapas. No local serão realizados serviços de drenagem, pavimentação e padronização das calçadas. O investimento é de R$ 6,7 milhões, para restaurar toda extensão da via. De acordo com Daniel Lustosa, coordenador do Transfor, o objetivo é melhorar os deslocamentos de motoristas e pedestres do Centro. Neste ano, foi realizada restauração no trecho entre a Avenida Domingos Olímpio e Rua Meton de Alencar.

Transporte

Outro ponto que preocupa é o transporte. Por conta da interdição, cinco vans terão de usar rotas alternativas. São elas: Linhas 09 (Cj. Ceará/Centro), 10 (Cj. Ceará/Bonsucesso/Centro), 54 (Granja Lisboa/ Goiabeiras), 28 (José Walter/Centro), 52 (Caça e Pesca/Centro). A vendedora Ismênia Almeida, 25 anos, que sempre pega van na Rua Barão do Rio Branco, não estava sabendo das mudanças. Sua preocupação é com um problema que tem no joelho, por isso suas idas e vindas ao Centro, para fazer fisioterapia. “Não informaram nada na van, tenho que saber onde vai ser a nova parada, porque não posso andar muito”, afirma.

O professor John Moraes, 20 anos, também não estava sabendo da intervenção. Ele se queixa dos transtornos. “Essas obras já estão, há muito tempo, mexendo na vida da cidade e querem mexer mais ainda”, reclama.

André Augusto Silva, 22 anos, proprietário de uma loja de produtos naturais, afirma que, após concluídas as obras, a situação vai ficar melhor. Contudo, lamenta pelo transtorno que inevitavelmente será gerado. Silva conta que, há quatro meses, a Prefeitura iniciou a raspagem do asfalto e “largou” o serviço, deixando a via cheia de buracos. Durante a intervenção, ele estima que o movimento no seu comércio caia 50%.

Na última segunda-feira, grande parte dos comerciantes receberam um folheto da Prefeitura pedindo a compreensão pelos transtornos, reiterando que são obras importantes de infraestrutura que irão permitir um pleno desenvolvimento da cidade nos próximos anos.

COMÉRCIO
Sindilojas diz que ação vai atrapalhar todo o bairro
O presidente do Sindicato do Comércio Lojista de Fortaleza (Sindilojas), Cid Alves, afirma que, por se tratar de uma das principais vias de acesso ao Centro, fechar a Barão do Rio Branco para obras causa danos financeiros não só às lojas da própria rua, mas de todo o bairro. Ao todo, 3.771 estabelecimentos comerciais estão situados na região central da cidade.


Alves também lembra que as reformas terão impacto ainda maior devido ao início da temporada turística em Fortaleza, prevista para os meses de outubro e novembro. Segundo ele, o ideal seria adiar as intervenções para o próximo ano.

Mas, apesar de não concordar com a realização das intervenções nessa época do ano, Cid Alves acredita que a ação é necessária. “Qualquer obra que envolva melhorias no transporte urbano de Fortaleza é importante para o desenvolvimento da cidade”, afirma.

CONGESTIONAMENTOS
16 vias de Fortaleza passam por intervenções
Ao todo, 18 obras de melhorias de ruas e avenidas estão em andamento, apenas com relação ao Transfor

Além da Rua Barão do Rio Branco, outras 15 vias da Capital passam, neste momento, por intervenções e por restauração do Programa de Transporte Urbano de Fortaleza (Transfor).


As consequências das interdições em avenidas e ruas importantes da cidade são perceptíveis e sentidos por grande parte da população. Congestionamentos e dificuldades de acesso são apenas algumas delas.

Dentre as vias que recebem ação do Transfor, estão as avenidas 13 de Maio, Jovita Feitosa, Engenheiro Santana Jr e Antônio Sales. Passam ainda por intervenção a Rua Padre Valdevino, interditada entre a Oswaldo Cruz e a Tibúrcio Cavalcante, e a Avenida Pontes Vieira, entre as ruas Nunes Valente e Barros Leal, no sentido Aldeota/Pici, onde serão realizados serviços de drenagem, terraplenagem, pavimentação, padronização das calçadas e sinalização.

Por conta das obras na Rua Padre Valdevino, a comerciante Camila Alcântara caminhou além do que deveria para encontrar um consultório odontológico. “Com toda essa confusão, eu me confundi. Não vi que era essa a Padre Valdevino”. O erro de Camila pode ter sido motivado pela retirada da placa com o nome da rua para a execução da obra.

Teste de paciênciaPróximo a este local, os motoristas enfrentaram, na noite de ontem, bastante transtornos e tiveram que ter paciência na Rua Tibúrcio Cavalcante. A via passava por recapeamento e, para tal, foi necessário que agentes da Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e de Cidadania (AMC) interditassem alguns trechos paralelos.


Na Rua Costa Barros, também na Aldeota, no trecho entre as ruas Tibúrcio Cavalcante e Ildefonso Albano, mais confusão por conta de outra intervenção do Transfor. Motoristas não se entediam e a falta de agentes para as orientações devidas complicava ainda mais o trânsito no local, mesmo com a presença de placas indicando os desvios e as interdições.

Neste caso, segundo a assessoria de imprensa do Transfor, a ação inclui serviços de terraplenagem, drenagem, pavimentação, padronização das calçadas e sinalização em toda a extensão da rua. Conforme o Transfor, os serviços irão melhorar o acesso entre a Aldeota e o Centro de Fortaleza.

A previsão para a conclusão desta primeira etapa da ação é de 150 dias. O investimento total da obra está orçado em R$5.101.641,54 milhões.

Mesmo enfrentando as dificuldades no trânsito ocasionadas pelas intervenções, o taxista José Rodrigues afirma que os serviços devem ser executados, já que, no futuro, a população será beneficiada. “Temos que pagar um preço alto. Por isso, precisamos ter calma”, enfatiza.

Restauração

Além das vias já citadas, a assessoria de imprensa do Transfor informa que também passam por restauração as ruas Monsenhor Dantas, São Paulo, Monsenhor Catão, Beni de Carvalho, Padre Valdevino, J. da Penha, João Brígido e as avenidas Humberto Monte, Domingos Olímpio (em conclusão), Luciano Carneiro (em conclusão), Visconde do Rio Branco, Tristão Gonçalves, Imperador e Sargento Hermínio, entre as vias José Bastos, Padre Anchieta e Bezerra de Menezes (em conclusão).

No total, em Fortaleza, 18 obras estão em andamento, apenas com relação ao Transfor. Dentre elas, está a implantação dos corredores de transporte Antônio Bezerra/Papicu e Antônio Bezerra/Centro e a ampliação do Terminal do Antônio Bezerra. A última pendência judicial no processo de desapropriação foi solucionada neste mês e a previsão para a conclusão da obra é para março de 2012.


Fonte: Diário do Nordeste

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