Vias terão fiscalização eletrônica de caminhões

O Centro, a Av. Beira-Mar e os corredores da Aldeota e adjacências são algumas áreas enquadradas como restritas de circulação.

As vias que têm restrição de tráfego de caminhões em Fortaleza, em determinados horários, começaram a receber os equipamentos eletrônicos de fiscalização e este monitoramento terá início segunda-feira (23). A instalação dos “radares”, iniciado pela Av. Monsenhor Tabosa, ocorre seis meses após os agentes da Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC) terem começado as vistorias presenciais. Em 90 dias, trechos de pelo menos 61 vias da Capital receberão estes aparelhos.A revisão do locais que têm restrição de circulação foi feita em julho do ano passado pela Prefeitura e passou a vigorar, de forma punitiva, em novembro. A Portaria 83/2015 determina que, em horários específicos, não é permitido, em algumas vias da Capital, o tráfego de caminhões que ultrapassem 6,50 metros de comprimento, 2,20 de largura e 4,40 de altura. Antes da mudança, a circulação era liberada com base na tara (peso) do caminhão que deveria ser até 2,5 toneladas.

A Portaria enquadrou como áreas restritas o Centro, os corredores da Aldeota e adjacências, e a Av. Beira-Mar. Após a revisão da norma, trechos das avenidas Rui Barbosa, Heráclito Graça e Professor Gomes de Matos também foram incluídos.

Processo

O assessor técnico da Diretoria de Trânsito da AMC, André Luis Barcelos, explica que os equipamentos eletrônicos em processo de instalação serão programados para registrar a passagem de qualquer tipo de caminhão por esses trechos. Porém, após o registro, o sistema buscará a placa do veículo e identificará se o mesmo é autorizado a trafegar nestas vias. O trânsito de caminhões fora das áreas permitidas é uma infração média e acarreta multa de R$ 85,13 e quatro pontos na Carteira de Habilitação.

Os caminhões que têm as dimensões permitidas para a circulação, chamados de Veículo Urbano de Carga (VUC), devem ter autorização prévia da AMC. Até este mês, a Autarquia cadastrou 2.222 veículos do tipo. Mas nem todos estes receberam autorização para a livre circulação

A frota de caminhões na Capital, até março deste ano, de acordo com o Departamento Estadual de Trânsito (Detran), era de 23.510 veículos. O assessor técnico da AMC, André, esclarece que isto não significa que o número de veículos cadastrados na Autarquia seja pequeno, já que a obrigatoriedade do cadastro limita-se aos veículos que circulam ou pretendem trafegar pelos trechos limitados.

Disciplinar

André reforça que a restrição, nos moldes da que vigora em Fortaleza “é uma tendência adotada nos grandes centros e visa disciplinar e otimizar o transporte de carga, já que o caminhão VUC tem uma condição de fluidez maior e muito mais fácil que os demais veículos”.

A Capital ainda não conta com um Plano Diretor de Circulação de Cargas e de Operações Associadas. Embora em julho de 2013 a Prefeitura tenha anunciado a contratação de uma empresa para elaborar, com previsão de conclusão de 12 meses, até agora o processo ainda está em andamento.

A equipe do Diário do Nordeste solicitou à Secretaria de Infraestrutura informações sobre o andamento do plano, mas não obteve resposta até o fechamento desta edição. O representante da AMC informou que a Autarquia participou de algumas discussões sobre o Plano e que a Portaria deve ser incorporada à nova legislação.

Mais informações

A autorização para tráfego

De caminhões com dimensões permitidas pela Prefeitura

Pode ser acessada no seguinte endereço eletrônico: www.Fortaleza.Ce.Gov.Br/amc

 

Fonte: Diário do Nordeste.