TRAIÇÃO E IRREGULARIDADES MARCAM AS ELEIÇÕES DA FETRACAN

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Em um estado democrático de direito é saudável a alternância de poder. Assim como é necessário um mandato com tempo hábil para realização de um trabalho sólido e consistente. Estando à frente da FETRACAN por vários mandatos seguidos, o Dr. Newton Gibson construiu uma entidade forte e representativa, corroborando em todo país a força do TRC – Transporte Rodoviário de Cargas do Nordeste. Este legado é indiscutível. Entretanto, entendendo ter chegado o momento de renovação, o Presidente do SETCARCE (Ceará), Dr. Clóvis Bezerra, nos últimos meses, manifestou o anseio de ter seu nome alçado a Presidência da FETRACAN e buscou apoio de outras entidades, conseguindo a adesão dos Estados do Rio Grande do Norte e Maranhão, além, é claro, do próprio Ceará.

De tal sorte, como em todo processo democrático, os Estados de Pernambuco, Piauí e Alagoas se mostraram propensos a continuidade do trabalho desenvolvido, apoiando a reeleição do Dr. Newton Gibson. Neste cenário, a eleição seria decidida pelo voto do Presidente do SETCEPB (Paraíba), Dr. Arlan Rodrigues, que, buscando manter a unidade alcançada durante anos de luta em prol do TRC nordestino, em uma reunião realizada no Hotel Golden Tulip Recife Palace, em Recife/PE, com a Presença do Dr. Newton Gibson e do Dr. Clóvis Bezerra, até então pretensos candidatos, costurou um acordo no sentido de realizar uma alteração estatutária para diminuir o tempo de mandato de quatro para três anos e todos apoiarem a reeleição do Dr.Newton Gibson nesta eleição, ficando pré-acordado o apoio unânime à candidatura do Dr. Clóvis Bezerra no próximo mandato. A reunião, aparentemente, alcançou seu objetivo e todos apalavraram o acordo, saindo com o compromisso de efetivar a alteração estatutária e assinarem um documento que ratificaria todos os pontos do acordo celebrado. “Ele usou de má-fé para conosco, já sabia que não iria cumprir o que apalavrou”, afirmou o Dr. Clóvis Bezerra.

Diante do panorama de um acordo firmado, o Dr. Clóvis Bezerra abriu mão da candidatura e não registrou a chapa de oposição. Porém, o Dr. Flávio Henrique Santos, advogado particular do Dr. Newton Gibson e da FETRACAN durante toda gestão do mesmo, eivado de uma perspicácia jurídica, colocou diversos obstáculos para o cumprimento da alteração estatutária, arquitetando uma quebra de acordo e uma conseqüente traição à confiança depositada. Em ato contínuo, comunicou ao Dr. Arlan Rodrigues, através de e-mail assinado pelo Dr. Newton Gibson, que não iria cumprir o acordado. Surpreendendo ainda mais, registrou uma chapa retirando os nomes dos representantes dos Estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Maranhão, que fazem parte do atual mandato. “Fomos substituídos, na calada da noite, por filhos e amigos do Presidente Newton Gibson”, disse o Representante do Rio Grande do Norte, Dr. Sebastião Segundo Dantas.

No dia 01 de março de 2013, dia das eleições, o clima, antes sempre amistoso e respeitoso, rendeu-se à busca insaciável pelo poder, e reinou a desunião e desconfiança. A harmonia não se fez presente. Os três Estados que apoiaram a reeleição do Presidente Newton Gibson,  Pernambuco, Alagoas e Piauí, confirmaram seus votos. Os outros quatro Estados (Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará e Maranhão), formando maioria, diante da quebra de acordo e de confiança, vendo-se obrigada a votar em uma chapa impositiva, optaram, os três primeiros por anularem os seus votos e o último pelo não comparecimento. “Não podemos participar de uma eleição que não consideramos legítima, já que o processo eleitoral não obedeceu as normas estatutárias, principalmente quanto a convocação dos procedimentos eleitorais, previstas, segundo o estatuto, para serem discutidas e deliberadas em reunião do CONSELHO DE REPRESENTANTES, que é formado pelos sete estados, o que não ocorreu.” Afirmou a representante do Estado do Maranhão, Dra. Marinês Todescatto.

Destarte, apesar de a FETRACAN divulgar ter o Dr. Newton Gibson obtido a reeleição com unanimidade dos votos, esta informação não condiz com a verdade absoluta dos fatos. A maioria irrestrita das entidades filiadas não concorda com o resultado proclamado pela Comissão eleitoral, por considerá-la viciada e ilegítima. A questão agora se tornará objeto de ações judiciais. “Fomos vítimas de uma grande armação e buscaremos na justiça recuperar a dignidade do setor que representamos”, finalizou o Presidente do SETCEPB, Dr. Arlan Rodrigues.

Fonte: SETCEPB&Logística; SETCEMA; SETCARCE e SETCERN

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