PONTO ELETRÔNICO ADIADO PELA QUINTA VEZ

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MTE alega dificuldades na operação por parte de alguns setores. Implantação ocorrerá de forma progressiva

São Paulo/Fortaleza A adoção do novo ponto eletrônico no País foi adiada pela quinta vez, de acordo com a portaria 2.686 publicada ontem no “Diário Oficial da União”. A última determinação previa a mudança para janeiro. Assim, as empresas com mais de dez funcionários que já utilizam equipamentos de ponto eletrônico deveriam oferecer ao empregado a partir da próxima semana a possibilidade de imprimir o comprovante de entrada e de saída do trabalho.

A justificativa dada pelo Ministério do Trabalho para mais um adiamento são “as dificuldades operacionais ainda não superadas em alguns segmentos da economia para implantação do Sistema de Registro Eletrônico de Ponto”.

Implantação progressiva

A implantação será exigida em datas diferentes de acordo com o setor. A partir de 2 de abril de 2012, “para as empresas que exploram atividades na indústria, no comércio em geral, no setor de serviços, incluindo, entre outros, os setores financeiro, de transportes, de construção, de comunicações, de energia, de saúde e de educação”.

Já a partir de 1º de junho, será a vez das empresas que “exploram atividade agroeconômica nos termos da lei n.º 5.889, de 8 de julho de 1973”. E, por último, a partir de 3 de setembro, das “microempresas e empresas de pequeno porte, definidas na forma da lei complementar nº 126/2006”.

Divergências A implementação do ponto impresso já havia sido adiada outras quatro vezes para dar mais tempo às empresas de adequar os equipamentos. Desde a edição da portaria, em 2009, houve muitas divergências entre os setores sindicais e as confederações patronais. Para os sindicatos, a portaria vai evitar que os trabalhadores façam horas extras e não recebam por elas.

Mais custo

As entidades sindicais patronais argumentam que a adoção do ponto eletrônico impresso pode gerar altos custos, principalmente para as pequenas empresas, que teriam de comprar novos equipamentos ou adaptar os antigos. “Essa sequência de adiamentos já é um indício de que a medida não é tão correta. A indústria tem sido contra porque a implantação do ponto eletrônico trará um custo maior às empresas, com a compra do aparelho, principalmente às pequenas”, defende o presidente do Conselho de Economia, Finanças e Tributação da Federação das Indústrias do Estado do Ceará Fiec), Fernando Castelo Branco. A reportagem tentou entrar em contato com a Central Única dos Trabalhadores (CUT) para repercutir o adiamento do novo ponto eletrônico, mas não conseguiu contato até o fechamento da edição.

 

Fonte: Diário do Nordeste

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