Ceará reduz roubo e furtos de veículos pela metade

Com sistema de videomonitoramento, 94,1% dos veículos roubados ou furtados foram recuperados

Enquanto o Ceará passava por uma série de ataques de facções criminosas, a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) registrou, em janeiro, diminuição de 54,3% no roubo de veículos, em relação a 2018. Além disso, os furtos tiveram redução de 29,6% nesse período. Os dados são da Gerência de Estatística e Geoprocessamento (Geesp) da Superintendência de Pesquisa e Estratégia de Segurança Pública do Estado do Ceará (Supesp), vinculada à SSPDS.

Neste ano, 407 casos de roubos de carros e motos foram notificados. No primeiro mês do ano passado, foram 891. Já nos furtos, o balanço que era de 379, em janeiro de 2018, diminuiu para 267, no mesmo período de 2019.

Além disso, 94,41% dos veículos subtraídos em ações criminosas, equivalente a 634 unidades, no Estado foram recuperados.

Para o secretário da SSPDS, André Costa, as estatísticas positivas se devem aos investimentos feitos em tecnologias, como o Sistema Polícia Indicativo de Abordagem (Spia), que atua baseado no combate à mobilidade do crime. “Este é um conceito científico criado no Ceará, que parte do pressuposto que quase todos os crimes são praticados dentro de carros ou a bordo de motocicletas”, ressalta o secretário. O gestor atribui ainda que os números são resultados da ampliação do sistema de videomonitoramento e da integração de câmeras pertencentes à União, ao Estado e aos municípios.

“Nós tínhamos antes 164 câmeras. Hoje, são mais de 3.200 equipamentos em 44 cidades e iremos ampliar ainda mais neste ano de 2019. Se a gente consegue ter um controle maior da circulação de veículos, a gente também tem um controle maior sobre a criminalidade”, disse.

Neste período, houve também baixa em homicídios no Ceará. Em janeiro, 192 pessoas foram mortas. A queda é de 60% nos casos, comparada ao mesmo período de 2018, quando 482 assassinatos foram registrados. O secretário nega que redução em homicídios tenham relação com onda de ataques no Estado. (Ingrid Campos / Especial para O POVO)